O futuro das obrigações acessórias com a Reforma Tributária
- Via Online Consultas

- 23 de nov.
- 2 min de leitura
Mesmo com a proposta de simplificação trazida pela Reforma Tributária, as obrigações acessórias se mantêm indispensáveis para registrar operações, garantir transparência e permitir o cruzamento de informações entre empresas e o governo.

Com a chegada de CBS, IBS e IS, o cenário tende a ficar mais integrado, mas também exigirá revisão de processos, atualização de sistemas e uma gestão de dados mais rigorosa.
Sendo assim, neste artigo vamos explicar o que mudará em relação a essas obrigações e como as empresas podem se organizar. Continue a leitura para conferir!
As obrigações acessórias abrangem um conjunto de informações que o contribuinte precisa enviar ao Fisco para demonstrar suas operações, como escrituração, declarações, documentos fiscais eletrônicos e cadastros.
Enquanto a obrigação principal é pagar o tributo, a acessória existe para documentar, padronizar e transmitir dados, viabilizando auditorias digitais cada vez mais rápidas.
Hoje, isso inclui:
Emissão de notas e documentos eletrônicos (NF-e, NFC-e, CT-e, MDF-e, NFS-e).
Escriturações exigidas pelo SPED (EFD, ECD, ECF).
Declarações federais como DCTF e PER/DCOMP.
Eventos do eSocial e da EFD-Reinf.
Regras específicas estaduais e municipais, incluindo regimes especiais, cadastros e guias.
O que muda a partir da Reforma Tributária?
A reforma reorganiza a tributação sobre consumo e cria três novos tributos: CBS (federal), IBS (estadual/municipal) e o IS (imposto seletivo).
A promessa é minimizar redundâncias e padronizar regras. Porém, isso não significa o fim das obrigações acessórias. Pelo contrário: elas serão modernizadas.
O ciclo atual das obrigações acessórias
Entender como as obrigações funcionam hoje ajuda a dimensionar o impacto das mudanças. O fluxo atual envolve os seguintes pontos:
Cadastro e origem do dado: NCM, regras de tributação, CFOP, alíquotas e particularidades por estado/município.
Escrituração: conciliação entre ERP e módulos fiscais, cálculos e validações de consistência.
Envio ao Fisco: transmissão de arquivos, recebimento de protocolos e guarda digital.
Monitoramento contínuo: prazos, atualizações, retificações e trilhas de auditoria.
Veja as dúvidas mais comuns sobre a Reforma Tributária
1. A Reforma vai acabar com as obrigações acessórias?Não. O objetivo é simplificar, não eliminar. Afinal, elas são essenciais para controle e fiscalização.
2. Como ficará o SPED?O SPED deve ser reestruturado, com substituições e consolidações, mas permanece como base do ecossistema fiscal.
3. As notas fiscais mudam?As notas continuam sendo o principal instrumento de controle, mas com novos campos, regras e integrações.
4. Quais os principais riscos na transição?
Cadastros incorretos
Parâmetros desatualizados
Incompatibilidade entre sistemas
Falta de governança e registro dos processos
5. Por onde começar?
Faça um inventário de obrigações e sistemas
Revise cadastros e regras de cálculo
Monte um cronograma de homologação
Acompanhe normas e atualizações
Avalie soluções especializadas para acelerar a adequação


Comentários